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Acaba nesta terça-feira (28) o prazo para isenção de impostos federais sobre os combustíveis.
Com o retorno do Pis e Cofins sobre a gasolina e o etanol na quarta (1), esses combustíveis devem ficar mais caros ainda nesta semana.
No entanto, há a expectativa de que a desoneração seja prorrogada pelo governo por, pelo menos, mais dois meses.
Uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a equipe econômica do governo deve acontecer ainda nesta segunda (27) para definir os rumos da isenção.
Em janeiro, o presidente assinou uma Medida Provisória para manter os preços dos combustíveis sem os impostos federais.
A desoneração foi aprovada em 2022, pelo então presidente Jair Bolsonaro, como forma de conter a alta dos preços e, segundo analistas, como medida eleitoral.
Por que o assunto preocupa tanto?
Primeiro porque se o Pis e Cofins voltarem a compor o preço dos combustíveis, etanol e gasolina ficam mais caros.
A estimativa é a de que o litro do álcool tenha um aumento de R$ 0,23. Já o litro da gasolina comum pode ficar R$ 0,69 mais alto.
Mas a maior preocupação com o fim da isenção dos impostos é o impacto no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação no país.
Atualmente, o IPCA está em 5,77% no acumulado de 12 meses. Se a isenção cair, o mercado avalia que o índice ultrapasse os 6,2%.