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Tá lá no seu caderninho de metas para o ano: comprar minha casa ou apartamento. Mas muita coisa mudou de 2022 para cá, inclusive na estrutura política. Ou seja, as regras desse mercado podem mudar e fica aquela dúvida de como financiar um imóvel em 2023.
Essa insegurança é totalmente comum porque ninguém sabe como deve ser o ano e como a economia vai reagir a certas mudanças. Mas tem muita gente estudando dados de 2022 para traçar previsões para 2023.
É o que vamos trazer aqui. Além disso, neste artigo a gente vai explicar para você, que ainda não entende direito como funciona um financiamento de imóvel, as taxas comuns, burocracias, se dá para financiar com nome sujo e o que muda neste ano.
Até o fim do texto, você vai descobrir como financiar um imóvel em 2023 e vai dominar informações que vão te ajudar a negociar sua casa ou apartamento neste ano. Vamos lá!
O que é um financiamento de imóvel?
R$ 2.308,00. Esse é o salário médio de um brasileiro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dá para comprar uma casa de R$ 200 mil com esse salário? Se a pessoa juntar valor por por pouco mais de 7 anos, sem gastar um único centavo, sim!
Mas estamos falando de um mundo praticamente intocável porque temos uma série de compromissos financeiros. Mas se a pessoa resolver poupar 30% desse salário para comprar uma casa (R$ 692,40), ela vai ter de esperar 24 anos para conseguir esse dinheiro.
Em outras palavras, o sonho fica distante demais. É aí que entra o financiamento imobiliário. É um modelo de empréstimo em que o dinheiro serve, somente, para este fim. Isto é, comprar uma casa ou apartamento.
Por ser um bem caro, o valor desse tipo de empréstimo pode ser dividido em longas parcelas, até 420, ou seja, 35 anos. Há também acréscimos de taxas, que variam dependendo do valor do imóvel e padrão de financiamento que você vai escolher para financiar um imóvel em 2023.
É isso que a gente vai explicar no próximo tópico.
Tipos de financiamento
É importante entender os tipos de financiamento porque são para públicos distintos. Basicamente, são dois: Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).
O primeiro , o SFH, é justamente para você que quer pagar parcelas com taxas mais justas. É que neste modelo, o valor do imóvel é limitado em R$ 1,5 milhão e você pode comprometer, no máximo, 30% da sua renda para pagar as mensalidades.
Além disso, o comprador também pode usar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para financiar um imóvel em 2023. Claro, desde que o valor não tenha sido usado anteriormente.
Já o SFI é para quem pretende investir em imóveis de alto padrão. Por isso que neste modelo não há limite de valor para o imóvel e nem de renda comprometida. Uma outra diferença é que aqui não dá para usar o valor do FGTS no abatimento de parcelas.
Mas a gente trouxe, apenas, algumas regras. Abaixo, você vai entender o que a legislação diz sobre financiamento de imóvel no Brasil. As normas que separamos são para, justamente, quem vai optar pelo modelo SFH. Dá uma olhada!
Quais são as regras para financiar um imóvel em 2023?
Não houve mudanças nas regras para financiar um imóvel em 2023. Em outras palavras, as normas continuam sendo as mesmas, mas são várias. Por isso, fique atento se você se encaixa no perfil de financiamento.
- Ter mais de 18 anos;
- Nenhum registro no SPC e SERASA (nome limpo);
- Score de crédito alto;
- Sem dívidas com a União (Dívida Ativa);
- Renda compatível (a ser avaliada pela instituição credora);
- Máximo de 30% da renda para quitar parcelas;
- Tipo de imóvel: casa, apartamento, sala comercial, terreno, galpão e fábrica;
- Valor do imóvel deve ser de, no máximo, R$ 1,5 milhão;
- Uso do FGTS para abater o valor (caso a pessoa queira);
- Financiamento de, no máximo, 80% do valor do imóvel;
- Valor de entrada de 10% a 20%;
- Imóvel registrado em cartório e na região onde o interessado mora ou trabalha.
Além disso, quem vai financiar um imóvel precisa apresentar documentos como RG, CPF, comprovante de residência, comprovante de renda, demonstrativo de FGTS, certidão de casamento (caso seja casado), carteira de trabalho (a depender da instituição) e uma certidão que comprove que não tenha nenhuma dívida com a União.
Prazo para quitar o financiamento
Está aí uma regra de ouro. Você pode quitar o imóvel financiado em até 35 anos, segundo a legislação atual. Esse é o tempo máximo, ou seja, você pode abater valores para amortizar tudo em menos tempo.
É claro que isso vai depender de seus ganhos, valores abatidos no início do contrato e, também, das taxas cobradas. Neste último caso, você pode depender da instituição onde você pretende financiar um imóvel.
Cada uma trabalha com uma política diferente, mas as mais conhecidas trabalham com esse modelo. Optar por um banco em que você já tenha conta pode facilitar sua vida. Mas há alternativas que tornam o processo menos burocrático. Veja abaixo.
Qual instituição escolher para financiar um imóvel em 2023?
Um dos mitos sobre financiamento imobiliário é o de que a Caixa é o melhor para financiar um imóvel. Bancos e instituições financeiras de todo o Brasil trabalham com essa linha de crédito. Mas cada um tem condições diferentes para atender perfis financeiros distintos.
Avalie a sua situação e veja a instituição que tenha requisitos coerentes com sua realidade. Você pode optar por aquela onde já tenha uma conta, mas é importante avaliar as políticas de cada uma por causa das taxas.
Isso significa que em um lugar você pode pagar mais juros; em outros, bem menos. Veja abaixo algumas das instituições que trabalham com essa linha de crédito no país:
- CashMe;
- Inter;
- Rodobens;
- Piratini;
- Santander;
- Banco Daycoval;
- Pontte;
- Creditas;
- Itaú;
- Libra Crédito;
- Wimo;
- Banco Bari.
Mas há outro detalhe aqui: você pode procurar uma dessas instituições para financiar um imóvel em 2023, e fazer todo o contato pessoalmente, ou buscar uma Fintech. Basicamente, é uma financeira que usa muita tecnologia para fazer negócios.
Nas fintechs, tudo é feito de forma digital. Essas empresas costumam ter serviços integrados a várias instituições do país. Isso quer dizer que você pode solicitar um financiamento imobiliário no banco em que você é correntista sem ter de ir a este banco.
Em síntese, você entra em contato com a fintech e essa empresa, então, faz todo o meio de campo: análise de crédito, avalia documentos, faz contato com a instituição bancária e, por fim, te dá o retorno.
Em suma, se responsabiliza pelo trabalho burocrático, enquanto você aguarda, sem ter de precisar falar com gerentes, cobrar retornos ou outras ações que podem tomar o seu tempo. Tendo tudo isso em mente, é hora de saber quais são os passos para fazer o financiamento.
Passo a passo para financiar um imóvel
Você tem os documentos, atende às regras e escolheu a instituição. Pronto, agora você precisa entender qual é o caminho para fazer o financiamento e ter o crédito aprovado. Vamos lá:
- Tudo começa com o envio da documentação que mostramos nos tópicos acima à instituição que você optou;
- Depois disso, com base na documentação, vai ser feita a análise de crédito em que seu histórico de crédito e renda mensal passam por um “pente fino”;
- Caso você seja aprovado, a instituição vai avaliar o imóvel que você quer. Se tudo estiver certinho, sem pendências judiciais ou irregularidades na escritura, vem a última etapa;
- Entrega e assinatura do contrato. Assim que as partes firmarem acordo, o documento vai para o cartório e você vai pagar algumas taxas. Pronto, chaves entregues.
A casa é sua? Na prática, sim, porque, a partir da última fase, citada logo acima, o comprador já pode usar o imóvel. Mas lembrando que a instituição credora é a dona do local enquanto você não quitar todas as parcelas.
E se eu não pagar as parcelas?
O imóvel fica sob responsabilidade da instituição, ou seja, alienado, até o fim do prazo para pagar todo o valor do financiamento. Caso a pessoa fique inadimplente, o banco pode tomar a casa ou apartamento. Além disso, o nome do comprador fica sujo.
Em geral, os bancos não têm interesse em tomar a propriedade porque é um processo longo e caro. Por isso, muitas instituições entram em contato com o comprador para renegociação da dívida.
Caso não tenha jeito, a instituição toma o imóvel e o disponibiliza para leilão em até cinco meses depois do primeiro atraso no pagamento.
Quanto tenho que pagar para financiar um imóvel em 2023?
Aqui a gente precisa ir para a matemática para que você entenda quanto vai pagar depois de financiar um imóvel. Suponhamos, então, que você queira um apartamento que custe R$ 360 mil.
Aplicando as regras para essa linha de crédito, você deve dar uma entrada mínima de R$ 36 mil (dependendo da instituição, a entrada é de R$ 72 mil), já que não é possível financiar todo o valor da propriedade.
Ou seja, você vai conseguir um crédito máximo que varia de R$ 288 mil a R$ 324 mil. Levando em consideração o maior valor e que você opte por financiar em 35 anos, a mensalidade fica em R$ 771,42.
Lembrando que sem contar juros e outras taxas. Os valores acima são, apenas, exemplos de quanto pode custar o financiamento de um imóvel. Mas, é claro, você que já tem uma propriedade em mente, pode usar um simulador para saber quanto pagaria dentro de suas condições.
É uma ferramenta importante para que você tenha, pelo menos, uma ideia de quanto pagaria porque, afinal, a realização desse sonho, de financiar um imóvel em 2023, vai depender de muito planejamento. E, claro, estudo para que você não cometa erros durante o financiamento que podem custar caro depois.
Conclusão
O financiamento imobiliário é um tipo de empréstimo exclusivo para quem quer comprar um imóvel, mas não tem o valor total. Com isso, o comprador paga parcelas mensais, incluindo juros e outras taxas, durante um período acordado com a instituição financeira.
É uma forma viável para muitas pessoas adquirirem a casa própria, mas exige muito planejamento e, consequentemente, responsabilidade financeira a longo prazo, já que o comprador assume um compromisso de muitos anos.
É essencial pesquisar e comparar as condições de cada instituição. Com um bom planejamento financeiro e uma escolha consciente do financiamento, é possível realizar o sonho da casa própria de forma segura e sustentável.