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O cenário atual gera muitas dúvidas quando o assunto é economia brasileira em 2023. Economistas tentam prever como será a situação do país até o final desse ano e para o ano que vem.
O desempenho da economia brasileira até o final do ano pode ser motivo de entusiasmo, principalmente por parte de alguns segmentos da população que serão beneficiados com a PEC 1/2022, que prevê a liberação de gastos do governo federal para a criação de novos benefícios sociais ainda esse ano.
A PEC irá injetar mais dinheiro na economia, o que talvez evite, por exemplo, aquilo que estava previsto antes, ou seja, um ou dois trimestres de recessão.
Além disso, deve fazer com que o PIB cresça um pouco em relação às previsões anteriores.
O governo defende a medida afirmando que ela é importante para diminuir o efeito da alta da inflação sobre as pessoas mais vulneráveis.
A PEC prevê, por exemplo, benefício para caminhoneiros autônomos de R$ 1 mil por mês até dezembro deste ano, um auxílio para taxistas, aumenta de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio-Brasil, dobra o valor do Auxílio Gás, compensa Estados pela gratuidade do transporte público de idosos, entre outras medidas.
Vale lembrar que a redução do ICMS também pode ajudar a controlar a inflação, mas os preços continuarão altos.
Com a inflação nas alturas, o Banco Central sobe a taxa Selic para tentar contê-la, mas isso também impacta negativamente na atividade econômica, pois se trata de um desestímulo para o investimento produtivo.
Outras ações governamentais podem ajudar a refrescar o segundo semestre deste ano, como o adiantamento do 13º salário para aposentados e pensionistas, a permissão de saque de até R$ 1 mil do FGTS, o pagamento do abono salarial atrasado de 2020, entre outros.
Afinal, como ficará a economia brasileira em 2023?
Alguns economistas afirmam que a inflação continuará alta em 2023 e haverá também redução no PIB e nos investimentos.
Segundo a previsão da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o crescimento previsto para o Brasil representa um quinto da projeção de crescimento mundial (3%).
Para 2023, a entidade prevê um crescimento de 1,2% para o Brasil, pouco menos da metade da projeção para o avanço no mundo (2,8%). Antes, a OCDE previa que o Brasil poderia crescer 2,1% no próximo ano.
A inflação de 2023 deverá ser menor que em 2022, mas ainda em níveis elevados. O Banco Central, por exemplo, prevê um IPCA em torno de 4%.