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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou um novo aumento da taxa Selic, elevando o índice para 13,75% ao ano, ou seja, 0,5 ponto percentual.
A elevação dos juros irá aumentar os rendimentos de investimentos que acompanham a Selic como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), títulos privados e do Tesouro Direito, superando de longe o retorno oferecido pela tradicional caderneta de poupança.
Mesmo com a Selic subindo para 13,75% e com a inflação anual ainda na casa de dois dígitos, a poupança seguirá com o retorno travado em 6,17% ao ano + TR (Taxa Referencial).
Para que serve a taxa de juros da economia?
A taxa Selic (sigla para Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) serve como referência para todas as taxas de juros do mercado brasileiro e é definida pelo Copom, grupo composto pela direção do Banco Central. Eles se reúnem para definir a trajetória da Selic.
A Selic é o principal instrumento de política monetária usado pelo Banco Central para controlar a inflação.
Quando a taxa sobe, os juros cobrados em financiamentos, empréstimos e no cartão ficam mais altos e isso desencoraja o consumo — o que, por sua vez, estimula uma queda na inflação. Por outro lado, se a inflação está baixa e o BC reduz os juros, isso barateia os empréstimos e incentiva o consumo.
Para definir o que fazer com a Selic, o BC avalia as condições da inflação, da atividade econômica, das contas públicas e o cenário externo — sempre com o objetivo de manter a inflação dentro da meta.
O instrumento é usado por todos os governos e autoridades monetárias. O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, define os juros básicos da economia americana. O Banco Central Europeu faz o mesmo com os juros nos países que compõem a zona do euro.
O mundo vive um momento de alta da inflação em diversos países — como reflexo de desequilíbrios na cadeia de produção combinados com um aumento do consumo devido à pandemia de covid-19.
A inflação tem batido recorde de mais de quatro décadas em países europeus, EUA e Reino Unido. Tudo tem ficado mais caro. Por isso, esses países também estão vendo os juros subirem.
No Brasil, o mais recente ciclo de alta começou em 17 de março de 2021. Desde então, a Selic subiu 12 vezes consecutivamente, de 2% para 13,75%, patamar atingido na quarta-feira (3/8). É o patamar mais alto desde 2016, quando a taxa começou o ano em 14%.
O objetivo do Copom é fazer a inflação brasileira ficar dentro da meta, que é definida pelo Banco Central.