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A economia brasileira teve crescimento de 0,4% no terceiro trimestre de 2022, em comparação aos três meses anteriores.
Os dados foram do Monitor do PIB, calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) que considera reajuste sazonal.
Na comparação interanual (em relação ao mesmo trimestre de 2021), o crescimento da economia no terceiro trimestre foi de 3,2%.
Já na análise mensal, a economia teve baixa de 0,4% no mês em setembro e cresceu 2,3% em relação a setembro de 2021.
Esse crescimento de 0,4% do PIB no terceiro trimestre reflete o desempenho positivo das três grandes atividades econômicas (agropecuária, indústria e serviços) e de todos os componentes da demanda.
Apesar do resultado positivo do terceiro trimestre, existe uma perda na força da economia, por apresentar taxa de crescimento menor do que as observadas no primeiro e no segundo trimestre do ano.
Observa-se que o recuo registrado em setembro é o segundo consecutivo da atividade econômica, ou seja, sinaliza a dificuldade de manter o ritmo de crescimento da economia.
Consumo das famílias cresce
O consumo das famílias cresceu 5,6% no terceiro trimestre, segundo o Monitor. O crescimento segue impulsionado pelo consumo de serviços.
Desde o segundo trimestre o consumo de produtos não duráveis também tem apresentado relevância para o crescimento do consumo das famílias.
Além disso, destaca-se a queda continuada do consumo dos produtos duráveis desde o terceiro trimestre de 2021.
A formação bruta de capital fixo (FBCF) cresceu 5,6% no terceiro trimestre, diz o FGV Ibre. O principal responsável por este crescimento foi o segmento de máquinas e equipamentos.
Embora este segmento tenha iniciado o ano com taxas expressivamente negativas, passou a crescer desde o trimestre móvel findo em julho. Esse crescimento é explicado principalmente pelo desempenho das máquinas e equipamentos importados.
A exportação de bens e serviços cresceu 6,3% no terceiro trimestre. Este crescimento foi devido ao crescimento de praticamente todos os segmentos, com destaque para as maiores contribuições da exportação de bens intermediários e dos serviços.
Sendo assim, o único segmento da exportação que retraiu foi o da extrativa mineral que recuou 0,9%.
A importação de bens e serviços cresceu 7,4% no terceiro trimestre. O desempenho positivo da importação de serviços, bens intermediários e bens de capital contribuíram para esse crescimento.
Em termos monetários, o FGV Ibre estima que o acumulado do PIB até o terceiro trimestre, em valores correntes, foi de R$ 7,24 trilhões.