Home Equity é uma modalidade de empréstimo que está conquistando cada vez mais brasileiros. Portanto, esse artigo traz todas as informações detalhadas sobre essa operação. Confira a seguir:
Em primeiro lugar, o que é Home Equity?
É uma operação que está regulamentada pela alienação fiduciária, que garante que o bem seja transferido para o credor até que a dívida seja paga. Porém, o proprietário continua usufruindo do bem.
Em alguns casos são aceitos imóveis de terceiros no processo, isso facilita o empréstimo para quem não possui um imóvel próprio.
Uma dúvida muito comum é qual tipo de imóvel é aceito. É importante dizer que todas as propriedades passam por uma avaliação, sendo uma etapa fundamental no processo. Os apartamentos, casas e salas comerciais têm mais chances de aprovação.
Como funciona o Home Equity?
O empréstimo com garantia de imóvel chegou para facilitar o acesso ao crédito, sendo que esse dinheiro pode ser utilizado para qualquer finalidade.
A pessoa física ou jurídica dá o imóvel como garantia no processo até que consiga pagar toda a dívida. Porém, pode continuar desfrutando do bem.
Caso o devedor não pague as parcelas do empréstimo, o credor pode pegar o imóvel para ressarcimento da dívida. Porém, as instituições preferem negociar o saldo devedor para facilitar o processo.
Pode vender o imóvel?
Pode, porém é necessário quitar a dívida para que o imóvel seja registrado no nome do novo proprietário.
O interveniente quitante (IQ) é uma ótima alternativa para quem quer vender um imóvel que ainda não está totalmente quitado.
Quem pode solicitar o Home Equity?
Qualquer pessoa física ou jurídica pode solicitar o empréstimo com garantia de imóvel, mas como o próprio nome já diz, é preciso ter um imóvel para dar como garantia.
Como já citado antes, alguns bancos aceitam imóveis de terceiros no processo.
Lembrando que empresas maiores podem estar sob diversos regimes societários como sociedades anônimas, limitadas, em conta de participação, de propósito específico, entre outras.
Etapas do Home Equity
Análise de crédito
O banco analisa a condição do cliente de acordo com a renda apresentada, histórico financeiro e endividamento ativo no mercado. Todas as pessoas envolvidas passam por essa análise, sendo a principal etapa do processo.
Análise do imóvel
Nessa etapa, o banco analisa a garantia da operação, ou seja, o imóvel. Todas as instituições possuem uma empresa de engenharia terceirizada. Portanto, um técnico vai até o imóvel para elaboração do laudo que tem como base o estado de conservação do bem e o preço do metro quadrado da região. Além disso, é feita uma pesquisa de amostragem, que analisa os imóveis com metragens iguais ou semelhantes no mesmo perímetro.
Com a aprovação do imóvel, é possível confirmar o percentual exato da obtenção do crédito, já que isso varia de acordo com o valor do bem.
Lembrando que imóveis de madeira não são aceitos, pois esse mesmo laudo é utilizado pela seguradora.
Análise jurídica
Nessa etapa, solicitam as certidões negativas das pessoas envolvidas e do imóvel para analisarem o risco jurídico.
Por exemplo, se a pessoa tiver uma certidão positiva de débitos trabalhistas que possa gerar algum tipo de penhora em cima da garantia, já é motivo para o declínio da proposta por parte da instituição. Por outro lado, se o cliente tem uma certidão positiva com efeito de negativa, onde consta que apesar de ter um débito, o mesmo está em dia, a tendência é que isso não venha a ser empecilho.
Emissão do contrato
O cliente pode assinar o contrato de forma física ou digital.
O contrato identifica todas as condições do processo e o mesmo será utilizado para o registro do empréstimo junto ao registro de imóveis.
Registro de imóveis
Essa é a última etapa para a liberação do recurso!
O registro de imóveis é responsável pelo registro dos processos imobiliários. O ofício sempre será responsável pelo imóvel, mesmo que o proprietário more em outra região.
Legalmente, o cartório possui 30 dias para finalizar o processo. Esse prazo divide-se em 15 dias para análise da documentação e 15 dias para o registro, fornecendo uma certidão de inteiro teor no final.
As exigências do ofício dependem de cada estado, por isso cada um possui sua própria tabela de custos, respeitando sempre as normas.
Liberação do recurso
Após o registro, o banco confere todos os arquivos para, então, liberar o dinheiro na conta corrente do cliente.
O que os bancos consultam para liberar o crédito?
Quando você faz uma simulação de crédito e escolhe uma cotação (ambas dentro da mesma etapa), começa então a análise de crédito, onde a instituição vai buscar entender que tipo de tomador de crédito é você.
Essa é uma etapa muito importante, pois diz respeito ao seu comportamento financeiro no mercado. Então, deixar todos os seus documentos em mãos ajuda bastante. Inclusive, o seu registrato que é o documento retirado diretamente no BACEN (Banco Central).
Análise nos birôs de crédito
Você sabe o que são birôs? Birôs de crédito são bancos de dados, onde ficam armazenadas dívidas ativas, protestos e afins. Um exemplo de birô de crédito é o SERASA, que afinal, todo mundo conhece. Mas existem outros como SPC e até os birôs internos dos bancos.
Taxas do Home Equity
Taxas de juros
A taxa de juros nada mais é que o lucro que as instituições têm sobre a operação e que recaem sobre linhas de crédito como cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamento, consignado, entre outros. A taxa pode ser pré-fixada ou pós-fixada, dependendo de cada produto e também do cliente.
Taxas pré-fixadas do Home Equity
Como o próprio nome já diz, essas taxas já são pré-definidas quando contrata o crédito, ou seja, você sabe exatamente quanto vai pagar mensalmente, sem nenhuma variação de valor na prestação. Portanto, essa taxa não depende do momento econômico do país. Porém, se o seu prazo de pagamento é de até 10 anos, a dica é optar pelas taxas pós-fixadas.
Taxas pós-fixadas do Home Equity
Geralmente essa taxa é mais barata do que as pré-fixadas, porém possui correção monetária conforme a economia, ou seja, é calculado pela inflação. Essa incidência se dá por indexadores, sendo assim os mais usados no Home Equity são o IGP-M e o IPC-A.
Tipos de indexadores Home Equity
IGP-M
O IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é de responsabilidade da Fundação Getúlio Vargas. Calcula-se esse indexador mensalmente, porém começa no dia vinte do mês anterior e termina dia vinte do mês de referência. Varia conforme os preços dos remédios, materiais de construção, vestuários e afins.
IPC-A
Já o IPC-A (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) é regido pelo IBGE, sendo o índice oficial de inflação ao consumidor final do Brasil. Calcula-se desde o dia primeiro ao último dia do mês, medindo o valor a vista pago pelos fornecedores e consumidores em prestação de serviços, aluguéis, serviços públicos, entre outros.
Taxas de operação do Home Equity
O IOF é o Imposto sobre Operações Financeiras que incide nos imóveis comerciais, imóveis adquiridos por pessoa jurídica ou no refinanciamento de imóvel. Outras operações também possuem esse imposto como cheque especial, empréstimo pessoal, cartão de crédito, entre outros. É incluso, pois as instituições financeiras têm a obrigação de repassar o valor ao governo.
Outra taxa é o ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) que se paga à Prefeitura, ou seja, um imposto municipal que é válido em todo o Brasil. A porcentagem altera conforme a cidade. Portanto, é importante ressaltar que sem o ITBI não é possível registrar o novo comprador na matrícula.
TAG ou EO também fazem parte da estrutura da operação. Nesse caso, a instituição financeira pode cobrar serviços que podem incluir análise de crédito, análise jurídica, emissão do contrato e algumas incluem a avaliação do imóvel.
Taxas de seguros obrigatórios do Home Equity
O Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) estipula regras básicas com relação às operações de crédito imobiliário em geral. O Banco Central incluiu o Home Equity nesse sistema através da resolução BACEN 4.676/2018, a qual exige a contratação obrigatória de cobertura securitária para todas as modalidades de crédito imobiliário.
De acordo com a resolução, o seguro é obrigatório no Home Equity, garantindo a cobertura tanto em casos de morte e invalidez permanente (MIP), como também nos casos de danos físicos ao imóvel (DFI).
MIP
O MIP garante que o imóvel será quitado adequadamente caso ocorra algum sinistro por morte ou invalidez permanente. Desse modo, o banco receberá o valor restante da dívida do empréstimo e o cliente e seus descendentes não precisam se preocupar com o destino do imóvel.
Calcula-se o valor do seguro conforme a idade do proponente mais velho da operação e valor do empréstimo, logo algumas instituições financeiras recalculam o valor conforme o cliente for ficando mais velho, aumentando gradativamente o valor e outros vão baixando conforme o saldo devedor do empréstimo do cliente.
DFI
Já o DFI cobre casos de sinistro que podem ser alagamentos, incêndios, desmoronamentos, sendo concedido o valor para recuperação conforme o dano. Isso garante ao banco que o imóvel não perca seu valor e ao cliente o conforto de contar com o seguro em caso de danos físicos.
Para saber o valor do seguro, calcula-se um percentual de alíquota sobre o valor de mercado.
Por exemplo: um imóvel no valor de R$ 500.000,00 e a alíquota do seguro é de 0,00735%, logo o valor do seguro será de R$ 36,75 mensais.
Benefícios do Home Equity
Por ter um imóvel como garantia no processo, é possível conseguir um empréstimo de valor mais alto com juros menores. Além disso, o prazo para pagamento é maior, podendo ser de até 240 parcelas.
O recurso pode ser destinado para qualquer fim, não é necessário usar o dinheiro para um único objetivo. Muitas pessoas estão utilizando o Home Equity para quitar dívidas com juros altos, assim passam a pagar juros mais baixos em um prazo maior. Desse modo, as pessoas conseguem organizar as finanças de forma simples, fugindo dos juros altos do cheque especial ou do cartão de crédito.
Por outro lado, muitos empreendedores estão optando pelo Home Equity para expandir a empresa ou até mesmo abrir o negócio próprio. Sendo assim, é possível refinanciar o imóvel como pessoa jurídica. Portanto, é uma ótima solução para quem está precisando de capital de giro.
Crescimento do Home Equity no Brasil
Ao longo dos anos, o Banco Central foi flexibilizando as regras com relação à essa modalidade, gerando boas perspectivas no mercado. Com isso, muitas instituições de grande porte passaram a reduzir suas taxas, facilitando o acesso ao produto.
Contudo, outro fator que faz com que o Home Equity cresça cada vez mais é o interesse dos empreendedores por esse produto. Com o objetivo de captar recursos para reformas, expansão do negócio ou até mesmo capital de giro, esse empréstimo se tornou uma ótima alternativa. Entre as vantagens, muitos destacam o prazo estendido e a contratação de um seguro que dilui o risco e protege o imóvel.
Economistas apostam que daqui 20 anos o Home Equity representará 20% do PIB brasileiro. Portanto, a estimativa é que chegue a R$ 500 bi em contratos no futuro.
Onde fazer empréstimo com garantia de imóvel?
Com a expansão das fintechs, o Home Equity se tornou cada vez mais acessível e popular. A facilidade e agilidade nos processos são os principais atrativos.
Em primeiro lugar, faça uma simulação. Desse modo, você vai ter uma ideia dos valores das parcelas.
A SejaBest possui várias parcerias e por isso oferece taxas de juros mais baixas. O atendimento personalizado garante uma ótima experiência ao cliente. Desse modo, é possível tirar dúvidas a qualquer hora do dia, todos os dias da semana.