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O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou deflação (queda de preços) de 0,69% em agosto deste ano. No mês anterior, a inflação medida pelo indicador foi de 0,60%. Em agosto do ano passado, a alta de preços havia sido de 1,18%.
Os dados foram divulgados hoje (17) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-10 acumula taxa de inflação de 8,43% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada chega a 8,82%, abaixo dos 32,84% acumulados em agosto de 2021.
Tanto os preços do atacado quanto os do varejo tiveram deflação em agosto. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede o atacado, teve deflação de 0,65% no mês, ante inflação de 0,57% em julho.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o varejo, passou de uma inflação de 0,42% em julho para deflação de 1,56% em agosto.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) também teve queda na taxa de julho para agosto, mas ainda continuou registrando inflação. A taxa caiu de 1,26% em julho para 0,74% em agosto.
Maiores quedas e altas
As quedas nos preços da gasolina (-16,88%), passagem aérea (-28 95%), energia elétrica (-4,14%) e etanol (-10,82%) puxaram a deflação ao consumidor medida pelo IGP-10.
Cinco das oito classes de despesa do IPC-10 registraram taxas de variação mais baixas: Transportes (de -0,41% em julho para -5 71% em agosto), Educação, Leitura e Recreação (de 1,52% para -5 75%), Habitação (de 0,07% para -0,52%), Alimentação (de 1,48% para 0,99%) e Vestuário (de 0,80% para 0,44%).
As principais contribuições para o movimento partiram dos itens: gasolina (de -1,49% para -16,88%), passagem aérea (de 6,99% para -28,95%), tarifa de eletricidade residencial (de -1,45% para -4 14%), carnes bovinas (de 0,27% para -0,65%) e roupas (de 0,99% para 0,36%).
Na direção oposta, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,24% para 0,57%), Comunicação (de -0,79% para -0,31%) e Despesas Diversas (de 0,22% para 0,32%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. As maiores influências partiram dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (de -1,34% para 0,36%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (de -1,79% para 0,39%) e cigarros (de 0,68% para 2,65%).
Commodities
As quedas nos preços de commodities puxaram a deflação no atacado que integra o IGP-10 de agosto, informou a FGV. “Os números do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) ainda repercutem a redução do ICMS para energia elétrica e gasolina, efeito que deve perder força ao longo do mês de agosto.
Já para o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), importantes commodities sustentam a queda do indicador, com destaque para minério de ferro (de -5,93% para -11,09%), carne bovina (de -0,46% para -5 93%) e soja (de -0,78% para -2,14%)”, afirmou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Construção
A alta mais branda no custo da mão de obra e dos materiais de construção desacelerou a inflação do setor dentro do IGP-10. Dentro do INCC-10, o índice que representa o custo de Materiais, Equipamentos e Serviços saiu de um aumento de 0,88% em julho para uma elevação de 0,38% em agosto.
Os gastos com Materiais e Equipamentos tiveram alta de 0,34% em agosto, enquanto os custos dos Serviços tiveram elevação de 0,60% no mês. Já o índice que representa o custo da Mão de Obra passou de uma alta de 1,67% em julho para um aumento de 1,13% em agosto.