|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que traz uma prévia da inflação no Brasil, ficou em 0,76% em fevereiro.
O resultado ficou acima da projeção média do mercado, que estimava alta de 0,72% na inflação do mês.
A informação, divulgada nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que o índice acelerou em comparação com janeiro.
No primeiro mês de 2023, o IPCA ficou em 0,55%. No entanto, houve recuo no acumulado de 12 meses da inflação, que caiu de 5,87% para 5,63%.
Segundo o IBGE, o grupo de produtos e serviços que mais impactou o índice foi o da educação, seguido por habitação e alimentação e bebidas.
O levantamento do instituto mostra que dos nove grupos pesquisados, que compõem a inflação, oito tiveram alta quando comparados com janeiro.
Veja a variação da inflação nos grupos pesquisados pelo IBGE

Em educação (6,41%), as variações aconteceram, segundo o IBGE, por conta do reajuste nas mensalidades, comuns nessa época do ano.
As maiores contribuições são do ensino médio (10,29%), fundamental (10,04%), da pré-escola (9,58%) e da creche (7,28%). Ensino superior (5,33%), curso técnico (4,50%) e pós-graduação (3,47%) também registraram altas.
O grupo habitação (0,63%) acelerou em relação ao mês anterior (0,17%), influenciado pelas altas em aluguel residencial (0,89%) e condomínio (0,62%).
A taxa de água e esgoto (1,32%) também registrou alta em fevereiro em várias regiões do país. A alta da energia elétrica, de 0,35% após queda de 0,16% no mês anterior, também influenciou.
A variação de alimentação e bebidas (0,39%) ficou abaixo da registrada em janeiro (0,55%), mas os preços dos alimentos para consumo no domicílio subiram 0,38%.
A alimentação fora do domicílio (0,40%) ficou com resultado próximo ao do mês anterior (0,39%). O lanche teve alta de 0,78% e, a refeição, de 0,16%.