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Os investimentos em Startups da América Latina somaram US$ 920 milhões em outubro, uma queda de 25% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Na comparação com o mês de setembro, a queda foi de 43%. O levantamento foi feito pela plataforma Sling Hub.
O número é consequência da alta dos juros na América Latina e em mercados avançados, que estagnou o fluxo de recursos disponíveis para capital de risco e abalou a capitalização de startups.
Sendo assim, seis meses de 2022 tiveram queda nos investimentos em comparação com 2021. Apesar desse cenário, há segmentos que escapam desse quadro.
Embora haja queda no volume total de aportes em outubro, houve recorde no total captado em rodadas de até US$ 5 milhões, com um salto mensal de 66% – esses valores foram destinados a empresas em estágio inicial.
Startups na América Latina que se encontram em estágios mais avançados de financiamento estão enfrentando maior dificuldade na captação de recursos.
Startups no Brasil
Dentre as Startups latino-americanas, as brasileiras dominam o ecossistema. O país representa 77% do mercado e concentra 70% dos investimentos na região.
Esse resultado vem de um estudo feito com base em informações de sete países – Brasil, México, Chile, Colômbia, Argentina, Peru e Uruguai, considerados os mais representativos.
Contudo, o Brasil deve continuar liderando o ecossistema na América Latina.
Unicórnios na América Latina
Por mais de uma década, a Argentina foi o único país latino-americano com empresas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão: Mercado Livre (2007) e Decolar (2017).
A mudança ocorreu em 2018, quando Brasil, Colômbia e México entraram para o time dos países com unicórnios.
Hoje, 60% dos unicórnios latino-americanos são brasileiros, 17% argentinos, e 11% mexicanos. Entre os países avaliados, o Peru é o único que ainda não conseguiu o feito.