Para o cálculo do IPCA-15 de maio, os preços foram consultados entre 14 de abril a 13 de maio. Além disso, as pesquisas foram feitas nas regiões metropolitanas de Belém, Curitiba, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, Distrito Federal e Goiânia.
Contudo, o IPCA-15 é uma prévia da inflação oficial do Brasil. Desse modo, o período de coleta dos dados e abrangência geográfica se diferem do IPCA.
O IPCA-15 teve alta de 0,59% em maio, acumulando 4,93% no ano e 12,20% nos últimos 12 meses. A taxa ficou bem abaixo do mês de abril (1,73%), porém a expectativa do mercado era uma taxa ainda mais baixa, em torno de 0,45%.
Com isso, economistas e o próprio governo estão revisando para cima suas projeções para a inflação de 2022. Tal fato pode fazer com que o Banco Central continue aumentando a taxa básica de juros, na tentativa de conter a inflação. O grande problema é a desaceleração da atividade econômica.
Itens e subitens que mais impactam
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pesquisa nove grupos de produtos e serviços para chegar ao resultado final. De todos, somente habitação sofreu retração (-3,85%), o que ajudou a diminuir o IPCA-15 de maio.
Em contrapartida, a maior alta veio da saúde e cuidados pessoais (+2,19%). Em seguida vem o setor de transportes com alta de 1,80%, mas ainda assim desacelerou em comparação com o mês de abril (+3,43%). Já alimentação e bebidas registrou +1,52%, no entanto também desacelerou em relação ao mês anterior (+2,25%).
Dentro do grupo de saúde e cuidados pessoais, houve uma grande influência dos produtos farmacêuticos (+5,24%), sendo que a Anvisa autorizou reajuste de até 10,89%. Além disso, produtos de higiene pessoal tiveram alta de 3,03%.
No grupo de transportes, a maior influência foi das passagens aéreas com alta de 18,40%. Já os combustíveis seguem em alta (+2,05%), porém em menor intensidade em relação a abril (+7,54%). Seguro de veículos também tiveram alta de 3,48%.
Os itens e subitens de maior impacto no IPCA-15 de maio:
- Produtos farmacêuticos: +5,24%;
- Higiene pessoal: +3,03%;
- Passagens aéreas: +18,40%;
- Gasolina: +1,24%;
- Etanol: +7,79%.