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O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 0,69% em junho, acima da taxa de 0,59% registrada em maio, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O IPCA-15 difere do IPCA, a inflação oficial do país, somente no período de coleta e na abrangência geográfica. Para o cálculo do índice de junho, os preços foram coletados no período de 14 de maio e 13 de junho de 2022 e comparados com os vigentes de 14 de abril a 13 de maio de 2022.
Do começo do ano até agora, o IPCA-15 acumula alta de 5,65%. Já nos últimos 12 meses registra 12,04%.
Desse modo, todos os grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em junho.
Confira a porcentagem de cada grupo:
- Alimentação e bebidas: 0,25%
- Habitação: 0,66%
- Artigos de residência: 0,94%
- Vestuário: 177%
- Transportes: 0,84%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,27%
- Despesas pessoais: 0,54%
- Educação: 0,07%
- Comunicação: 0,36%
O maior impacto foi do grupo de Transportes, que subiu 0,84%, uma desaceleração em relação a maio (1,80%). O grupo respondeu por 0,19 p.p. no índice geral. Já a maior variação foi do grupo Vestuário (1,77% e 0,08 p.p.).
A desaceleração da taxa do grupo de Transportes ocorreu em função da queda de 0,55% nos preços dos combustíveis, que haviam subido 2,05% em maio.
Novo reajuste nos preços da gasolina e do diesel vendido às refinarias foi aplicado pela Petrobras no dia 18 de junho. Todavia, o repasse desse aumento ao consumidor só deve refletir nas próximas apuração de preços pelo IBGE.
O segundo maior impacto na taxa do mês partiu do grupo de Saúde e cuidados pessoais, com alta de 1,27%, respondendo por 0,16 p.p. do índice de junho. Essa alta foi puxada pelos planos de saúde, diante do reajuste de até 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio. Além disso, houve impacto, também, da alta de 1,38% nos produtos farmacêuticos, com impacto de 0,05 p.p. no índice do mês.
Já o grupo Alimentação e Bebidas, que em maio havia subido 1,52%, desacelerou para 0,25% em junho, puxado pela alimentação no domicílio, que recuou de 1,71% para 0,08% no mesmo período. O maior impacto sobre essa desaceleração partiu do leite longa vida, que teve deflação de 3,45% em junho após ter subido 7,99% em maio.
Houve queda significativa, também, nos preços de cenoura (-27,52%), tomate (-12,76%), batata-inglesa (-8,75%), hortaliças e verduras (-5,44%) e frutas (-2,61%).
A alimentação fora do domicílio também desacelerou na passagem de maio para junho, mas com intensidade menor, de 1,02% para 0,74%. Segundo o IBGE, esse resultado foi influenciado, principalmente, pelo item lanche, que desacelerou de 1,89% em maio para 1,10% em junho, enquanto a alta de preços da refeição passou de 0,52% para 0,70% no mesmo período.