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O IPCA de setembro (índice oficial da inflação) registrou queda de 0,29%, sendo o terceiro mês seguido de deflação.
Trata-se, no entanto, da maior deflação acumulada da séria histórica da pesquisa, iniciada em janeiro de 1980. De julho a setembro deste ano, o país acumula deflação de -1,32%, enquanto no igual período de 1988 o acumulado foi de -0,85%.
A taxa de setembro, no entanto, foi a menos intensa destes três meses de queda do indicador: em julho ficou em -0,68%, e em agosto ela foi de -0,36%.
O indicador prévio de setembro (IPCA-15) já indicava que a taxa mensal viria no campo negativo, ficando em -0,37%.
No ano, a inflação acumulada até setembro é de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, ainda bem acima da meta do governo para este ano.
Gasolina é motivo da queda na inflação
Mais uma vez, a redução no preço dos combustíveis foi o que mais contribuiu para conter a alta de preços no país.
Acumulado acima do teto
O Banco Central já admitiu oficialmente que a meta de inflação será descumprida em 2022 pelo segundo ano seguido. Em 2021, a inflação fechou o ano em 10,06%, bem acima do teto da meta (5,25%), representando o maior aumento desde 2015.
Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para 2022 é de 3,5% e só será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.
Os indicadores acumulados até setembro deste ano, porém, estão mais baixos. O IPCA acumulado no ano ficou em 4,09% e o acumulado em 12 meses, de 7,17%
Lembrando que em setembro do ano passado eles ficaram, respectivamente, em 6,90% e 10,25%.
Expectativa inflação 2022
Os economistas do mercado financeiro reduziram, nesta segunda-feira (10), de 5,74% para 5,71% a estimativa de inflação para este ano. Esta foi a 15ª queda seguida da estimativa para a inflação de 2022.
Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário necessariamente acompanhe esse crescimento.