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O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) teve alta de 0,41% em novembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Portanto, a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, o IPCA chega a 5,13%.
O indicador ficou 0,18 ponto percentual abaixo do que foi registrado em outubro (0,59%). Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.
Desse modo, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro.
Veja a variação por grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,53%
- Habitação: 0,51%
- Artigos de residência: -0,68%
- Vestuário: 1,10%
- Transportes: 0,83%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
- Despesas pessoais: 0,21%
- Educação: 0,02%
- Comunicação: -0,14%
Os grupos Transportes e Alimentação e bebidas foram os que impactaram de forma mais expressiva o índice do mês. Juntos, os dois contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro.
De acordo com o IBGE, o maior impacto veio de combustíveis, por causa da alta da gasolina.
Já a maior variação veio de Vestuário, ficando acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais ficou próximo da estabilidade, mostrando uma desaceleração em relação a outubro (1,16%).
O que puxou a alta dos combustíveis
A alta do grupo Transportes foi provocada, principalmente, pelo aumento dos combustíveis (3,29%), que em outubro haviam recuado 1,27%.
Sendo assim, os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro.
A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%. A gasolina, em particular, exerceu o maior impacto individual no índice do mês, com 0,14 p.p.
Alimentação desacelerou
O grupo Alimentação e bebidas desacelerou de 0,72% em outubro para 0,53% em novembro. No entanto, a alta no mês passado foi puxada pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%).
As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente).
Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).
O destaque no lado das quedas foi o leite longa vida (-7,09%), assim como já havia acontecido nos meses anteriores. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%).
A variação da alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou abaixo do mês anterior (0,49%). A refeição desacelerou de 0,61% em outubro para 0,36% em novembro.
Estimativa
Os economistas do mercado financeiro elevaram estimativa de inflação para este ano, que passou de 5,91% para 5,92%.