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O PIB (Produto Interno Bruto) do 3º trimestre cresceu 0,4%, na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
Este é o quinto trimestre de alta consecutiva da atividade econômica do país.
Com esse resultado, o PIB chega ao maior patamar da série histórica, iniciada em 1996. Além de atingir o maior nível da série, o PIB ficou 4,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado no quarto trimestre de 2019.
Frente ao mesmo trimestre de 2021, o PIB cresceu 3,6%. Em valores correntes, o PIB do 3º trimestre de 2022 totalizou R$ 2,544 trilhões.
Sendo assim, com o resultado do 3º trimestre, o patamar da economia brasileira superou em 1,4% o pico, que até então havia sido registrado no 1º trimestre de 2014.
Portanto, significa que a atividade econômica do país atingiu o seu maior nível em 26 anos.
Pela ótica da oferta, o destaque ficou com o setor de Serviços, que avançou 1,1%. Já a Indústria cresceu 0,8%, e a Agropecuária recuou 0,9%.
Por que o setor de Serviços cresceu
No setor de Serviços, que responde por cerca de 70% da economia, os destaques foram Informação e comunicação (3,6%), com a alta dos serviços de desenvolvimento de software e internet, Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e Atividades imobiliárias (1,4%).
O segmento Outras atividades de serviços (1,4%), que representa cerca de 23% do total de serviços e inclui, por exemplo, alojamento e alimentação, também cresceu.
O Comércio foi o único segmento do setor de Serviços que ficou no campo negativo – variou -0,1% no terceiro trimestre.
Agropecuária foi único setor que caiu
Após três trimestres com taxas positivas, a Agropecuária recuou 0,9%. O desempenho negativo veio das culturas que têm safra relevante no trimestre e tiveram queda de produção, como a cana-de-açúcar e a mandioca.
Já no ano, o desempenho do setor é ligado aos resultados da soja, nossa principal cultura, que teve a sua produção afetada por problemas climáticos.
Perspectivas
Analistas do mercado apontam para um avanço do PIB de 2,81% no ano, enquanto o governo federal estima uma alta de 2,7%.
De acordo com o boletim Focus do Banco Central, a estimativa do mercado é de uma alta de 0,7% no PIB do próximo ano. Já o governo reduziu a previsão de crescimento para 2023: de 2,5% para 2,1%.