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Atualmente a previsão da inflação para 2022 já está abaixo de 7%. Esse índice foi divulgado pelo relatório Focus, que também reduziu a previsão para 2023.
A expectativa para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano caiu de 7,02% para 6,82%. Lembrando que há um mês era de 7,30%.
Já a do próximo ano caiu 5,38% para 5,33%. Para 2024 e 2025, as projeções se mantiveram em 3,41% e 3,00%, respectivamente.
Apesar das revisões para baixo da inflação deste e do próximo ano, elas ainda estão muito acima da meta do Banco Central (3,5% e 3,25%, respectivamente).
Portanto, caso o cenário projetado pelas mais de 100 instituições financeiras consultadas ocorra, a meta do BC será descumprida por três anos consecutivos (em 2021, o índice oficial de inflação do Brasil fechou o ano em 10,06%).
O mercado também prevê um IPCA acima do centro da meta em 2024 (a meta é de 3,00%, também com margem de 1,5 ponto porcentual, o que significa que ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%). Isso indica uma desancoragem de expectativas mais ampla do mercado em relação às projeções do BC.
A expectativa do mercado neste ano (6,82%) passou a estar alinhada com a da autoridade monetária (6,8%), mas continua bastante distante do cenário do BC tanto para 2023 quanto para 2024 (o mercado prevê 5,33% e 3,41%, contra 4,6% e 2,7% da instituição).
PIB, Selic e dólar
Já a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) subiu marginalmente para 2022 (de 2,00% para 2,02%) e caiu marginalmente para 2023 (de 0,41% para 0,39%), aponta o levantamento semanal do BC com as instituições financeiras. Para 2024 e 2025 elas continuam em 1,80% e 2,00%.
O mercado manteve as estimativas para a Selic dos próximos anos (13,75% no fim de 2022, 11% no de 2023, 8,00% no de 2024 e 7,50% no de 2025, em linha com as projeções do BC).
Para o câmbio, manteve as previsões para dezembro de 2022, 2023, 2024 e 2025 em US$ 1 = R$ 5,20, R$ 5,20, R$ 5,10 e R$ 5,17, respectivamente.