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Mesmo em meio a um cenário duvidoso, alguns investimentos continuam em alta, como é o caso do Private Equity.
No primeiro semestre de 2022 foram R$ 16,5 bilhões investidos, uma alta de 617,4%. A razão dessa alta no Private Equity são alguns investimentos que não aconteciam há um bom tempo nesse setor.
Já no Venture Capital, os aportes chegaram a R$ 11,6 bilhões, queda de 48,2% no primeiro semestre.
Importante lembrar que o Private Equity se concentra em companhias mais maduras e com modelos de negócio já validados, mas que ainda não abriram seu capital; por isso, pode ser considerado um pouco mais conservador.
Historicamente, o Private Equity entrega resultados mais robustos e estáveis do que o investimento em ações de empresas na bolsa de valores, por exemplo, e permite que grandes investidores consigam multiplicar seu patrimônio em pouco tempo.
Mas o que é Private Equity exatamente?
O Private Equity é um tipo de investimento, feito de forma privada, onde um investidor aporta seu capital diretamente em empresas com potencial de crescimento a médio e longo prazo, com o intuito de lucrar com uma futura venda.
O Private Equity é um tipo de aplicação que pode ser feita diretamente por empresas, instituições, fundos de investimento ou até mesmo investidores individuais. Através deste investimento, as empresas recebem uma aporte de capital privado para financiar suas operações, principalmente startups.
Essa opção implica em abrir mão de parte da empresa e permitir que os investidores envolvidos participem ativamente do plano de gestão para maximizar o resultado. Em contrapartida, o valor envolvido pode chegar a mais de R$ 30 milhões.
Embora a concessão de aporte dependa muito mais do potencial de crescimento e do planejamento estratégico, existem alguns critérios que todo empresário deve observar ao procurar investimentos para startups:
- certifique-se de que seu produto tem valor de mercado e potencial de faturamento;
- mantenha um bom relacionamento com o investidor;
- preze a transparência para gerar credibilidade;
- aceite a cobrança como parte natural do processo;
- atualize o investidor sobre todo avanço e dificuldade em cada etapa;
- cerque-se de uma equipe competente;
- entenda a fundo seus direitos e deveres antes de fechar uma parceria ou assinar um contrato.
Além disso, é fundamental analisar os prós e contras de cada opção de investimentos para startups antes de escolher a mais adequada à sua realidade e ao objetivo de curto, médio e longo prazo do negócio.
Não existe uma regra única ou apenas um caminho, pois cada empresa tem sua particularidade. Uma injeção de capital que deu certo no estágio inicial da marca não é necessariamente a melhor opção na fase de crescimento ou escala.
O mercado de Private Equity no Brasil
Apesar dos desafios econômicos e políticos que enfrentamos no Brasil desde sempre, o mercado de Private Equity (PE) tem atraído cada vez mais investidores com perfil de longo prazo que buscam retornos expressivos.
Claro que, quando comparamos com outros países, o setor de PE ainda tem muito a avançar. Para se ter uma ideia, os fundos de PE no país representam apenas 0,7% do PIB. Já nos EUA, a captação dos fundos americanos atingiu 1,7% do PIB.
Ainda comparando com a indústria de Private Equity dos EUA, enquanto um fundo americano tem cerca de 30% do patrimônio em investimentos alternativos, dentre eles Private Equity, no Brasil esse número não chega a 6%.
Contudo, os cenários para os fundos de PE são promissores. Os investimentos somados em empresas de PEVC (Private Equity/Venture Capital) atingiram R$11,5 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2022, 8,4% acima dos valores investidos anteriormente.
No Brasil, as startups que mais recebem aportes continuam sendo as fintechs, que atuam no setor de serviços financeiros.