O BNDES anunciou um programa de crédito de carbono que pode destinar até R$ 300 milhões nos próximos dois anos para ajudar a desenvolver o mercado nacional de compensações voluntárias de emissões.
De início, foram adquiridos R$ 8,7 milhões em créditos de cinco companhias desenvolvedoras: Biofílica Ambipar, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici.
Desse modo, as atividades de redução ou remoção de CO2 (ou outros gases de efeito estufa) geradoras dos ativos ainda serão realizadas.
Sendo assim, nessa primeira experiência, os maiores volumes envolvem projetos de conservação de florestas. Conhecida pela sigla REDD+, essa modalidade é a principal fonte de créditos de carbono no Brasil hoje.
Segundo o BNDES, a estimativa é que o mercado voluntário precise crescer mais de 15 vezes até 2030 para cumprir as metas do Acordo de Paris, que pretende atingir o equilíbrio entre emissão e remoção dos gases causadores do efeito estufa até o ano de 2050.
O que é crédito de carbono?
O mercado de crédito de carbono é um sistema de compensações de emissão de carbono ou outros gases de efeito estufa (GEE).
Funciona assim: empresas geram créditos diminuindo suas emissões e, consequentemente, podem vender esses ativos para empresas e países que não atingiram suas metas de redução destes.
A regulamentação desse sistema fortalece a exportação de créditos, especialmente a países e empresas que precisam compensar emissões para cumprir com compromissos de neutralidade de carbono.
Com o decreto, também poderão ser comercializados os créditos de carbono de vegetação nativa – que pode ser gerado em 280 milhões de hectares em propriedades rurais, o carbono do solo – fixado durante o processo produtivo, e o carbono azul – presente em áreas marinhas e fluviais.