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O Brasil registrou a maior queda da taxa de desemprego em um ano entre 40 países, de acordo com levantamento da agência de classificação de risco Austin Rating.
O indicador recuou de 13,1%, em agosto de 2021, para 8,9%, no mesmo período deste ano, uma redução de 4,2 pontos percentuais.
O percentual é o menor apurado desde julho de 2015, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A sequência positiva surge em linha com o IAEmp (Indicador Antecedente de Emprego), índice utilizado para antecipar os rumos do mercado de trabalho no Brasil, que avançou 1,5 ponto em setembro, para 83,8 pontos.
Portanto, é o nível mais alto desde outubro do ano passado (87,1 pontos), como mostram dados divulgados nesta quarta-feira (5) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Empreendedorismo em alta
O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, estima que a taxa poderá encerrar o ano em até 8%. Ele entende que a queda do desemprego tem a ver também com o empreendedorismo.
Depois da pandemia, muitas pessoas viram oportunidade de tocar o próprio negócio. Ele aponta as mudanças do Caged (Cadastro Nacional de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Previdência, que passou a contabilizar o microempreendedor individual.
A maioria dos brasileiros têm o desejo de ter seu próprio negócio, por isso é provável que o número de empreendedores continue a crescer cada vez mais no país.
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Emprego formal x informalidade
Em relação à informalidade, em abril foi registrado 38,7 milhões de trabalhadores informais. Ou seja, 40,1% da população ocupada.
No trimestre anterior, no entanto, a taxa havia sido de 40,4% e, no mesmo trimestre do ano anterior, 39,3%.
Os resultados do trimestre fevereiro-março-abril da PNAD também mostram aumento em relação aos empregados sem carteira assinada no setor privado. Atualmente, 12,5 milhões de pessoas estão sem carteira de trabalho assinada.
Rendimento
Outro ponto que ainda preocupa em relação ao mercado de trabalho é o valor que os trabalhadores recebem. Atualmente, o rendimento médio é de R$ 2.569, ou seja, 7,9% menor do que o mesmo trimestre do ano anterior (R$ 2.790).
População ocupada
De acordo com a agência de classificação de risco Austin Rating, apesar da redução na taxa de desemprego, a quantidade de profissionais ainda fora da força de trabalho equivale a 9,7 milhões de pessoas.
Já o contingente de pessoas ocupadas foi de 99 milhões, batendo novamente o recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Conclusão
O Brasil está melhorando aos poucos nessa questão do desemprego, porém ainda é um desafio gerar emprego para toda a população.
Com o empreendedorismo em alta, muitas pessoas deixaram de procurar emprego CLT e preferem trabalhar como PJ, dedicando-se ao próprio negócio.
Essa é uma tendência muito forte que já está tomando conta do país.