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O Fed (Federal Reserve) aumentou a taxa de juros nos EUA em 0,75 ponto percentual. Sendo assim, ela passa do intervalo de 2,25% a 2,5% ao ano para 3% a 3,25%.
Com isso, é a quinta alta consecutiva implementada desde o início do ciclo, em março deste ano. Antes disso, os juros estavam no intervalo entre 0% e 0,25%.
Lembrando que não havia aumento desde 2018.
A decisão seguiu as expectativas do mercado, que projeta agora um ciclo ainda mais agressivo por parte do Fed, já que a inflação de agosto superou as expectativas.
Apesar do índice registrar desaceleração, os núcleos, que excluem itens voláteis como alimentos e energia, ainda seguem em alta.
Em comunicado divulgado após a decisão, os dirigentes do Fed afirmam que as altas de juros em curso deverão ser apropriadas para levar a inflação de volta à meta, de 2%.
Além disso, estão preparados para ajustar a política monetária conforme for necessário.
Previsão – juros e desemprego
A mediana de estimativas para a taxa de juros ao fim de 2022 subiu de 3,4% em junho para 4,4%, indicando altas de juros em magnitudes ainda elevadas neste ano.
Para 2023, subiu de 3,8% para 4,6%. A autarquia espera que a inflação medida pelo PCE termine 2022 em 5,4%, mesma previsão de junho.
A taxa de desemprego projetada para este ano subiu de 3,7% para 3,8%. No próximo ano e em 2024, o Fed espera uma taxa de 4,4%.
Já a projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 teve um corte significativo, caindo para 0,2%. A previsão é de alta de 1,2% em 2023.
O Fed afirmou que está “altamente atento” a riscos inflacionários e comprometido em controlar a inflação.
Destacou, ainda, que a geração de empregos tem sido robusta mesmo com os juros maiores, mantendo a taxa de desemprego baixa.
A magnitude de 0,75 p.p. é a maior empregada pelo Fed desde 1994, e o valor já foi empregado em duas altas anteriores em 2022.
O movimento da Fed reflete um esforço para combater a maior inflação no país em mais de 40 anos.
O Brasil também está em reunião para definir o novo aumento da taxa Selic. Sabemos que a alta nos juros dos Estados Unidos influencia na decisão do Copom.
Com informações da Reuters